O câncer de próstata é a segunda causa mais comum de tumores malignos no sexo masculino entre os brasileiros, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. Estima-se que sejam diagnosticados mais de 65 mil novos casos a cada ano no país, e que 1 a cada 6 homens serão diagnosticados com essa doença ao longo da vida.
Apesar na incidência alta, a taxa de cura para o câncer de próstata localizado é alta, cerca de 90% dos pacientes atingindo a cura após tratamento precoce adequado.

Fatores de Risco
Os principais fatores de risco incluem a idade avançada, histórico familiar da doença e raça negra. Também observam-se diagnósticos de doença mais grave e avançada em pacientes obesos e tabagistas.

Prevenção e Rastreio
Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, o rastreio para câncer de próstata deve ser realizado, anualmente, em todos os homens a partir de 50 anos. Entretanto, nos paciente com fatores de riscos, como história familiar e raça negra, devemos antecipar o início para 45 anos de idade.
O rastreio deve ser realizado a partir da coleta do PSA sérico, associado aos achados do exame digital da próstata.

Diagnóstico
Na suspeita de câncer de próstata, seja pela elevação do PSA e/ou alteração do toque, deve-se realizar uma Ressonância de próstata.
Realiza-se posteriormente biópsia de próstata guiada por ultrassonografia, a qual pode ser realizada por via transretal ou transperineal, a depender de cada caso.

Tratamentos
Cada caso deve ser individualizado, sendo avaliado de acordo com o estágio da doença e condição clínica do paciente.

  1. Cirurgia
    A prostatectomia radical consiste na retirada completa da próstata e vesículas seminais, sendo indicada principalmente para os estágios iniciais e intermediários.
    Esta cirurgia pode ser realizada por diversas vias: aberta, laparoscópica e robótica.
    Observa-se um avanço importante nos resultados cirúrgicos com advento da cirurgia robótica, proporcionando uma cirurgia mais precisa com recuperação mais rápida e com menos dor.
    Dentre as complicações tardias, a incontinência urinária e impotência sexual apresentam taxas cadas vez mais reduzidas com as técnicas mais modernas aplicadas a esta cirurgia.
  2. Radioterapia
    Outra opção terapêutica indicada para pacientes em estágios inciais ou intermediários, podendo também ser empregada em estágios mais avançados quando associada a hormonioterapia.
  3. Hormonioterapia
    Terapia que visa a supressão do estímulo androgênico, retardando a progressão da doença e diminuindo os sintomas.
    Indicada para estágios mais avançados ou pacientes sem condições clínicas para os tratamentos mais invasivos.